Motivos para ter criado o Blog:

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Eu criei este Blog pra levar a Palavra de Deus a toda criatura. (Marcos 16; 15) Obs.: É por meio deste Blog que eu estou publicando os Estudos que já havia enviado aos meus amigos por e-mail, e aos que não viram todos, aqui terão acesso a eles; pois também foi pelo aumento na demanda de pessoas nos grupos de e-mail que criei o blog. Eu já publiquei os novos, após publicar os anteriores." A Palavra de Deus se renova a cada manhã!", "O céu e a terra passarão, mas as minhas Palavras não hão de passar. - Mateus 24; 35" Um outro motivo pra o blog existir foi por causa de alguns amigos que me incentivaram/estimularam e ajudaram pra que essa idéia se concretizasse e por meio dela, muitas almas sejam alcançadas. Aproveitem este espaço pra conhecer um pouco mais da Palavra de Deus e me ensinar também! Obs.: “Muitas das mensagens que postei fui eu quem “escreveu”, utilizando a Palavra de Deus; e as que não fui eu que “escrevi” completamente ou complementei, procurei citar o nome do autor, e alguns que não coloquei foi por não saber quem é!” Este Blog só existe pra levar a Mensagem do Sofrimento de Jesus na Cruz, que foi por Amor a mim e a você! E não para qualquer outro propósito!

"Mas importa que o Evangelho seja primeiramente pregado entre todas as nações."

Marcos 13;10



sábado, 24 de diciembre de 2011

Poemas que traduzem o NATAL:

Poema- MANJEDOURA



Nasceu-lhe então o menino, que era o seu primeiro filho. Envolveu-o em panos e deitou-o numa manjedoura, porque não conseguirem arranjar lugar na casa.” (Lucas 2; 10 versão A Bíblia para todos, p. 2047)

Não havia uma bacia de água
onde a jovem parturiente
amaciasse os pés
crespos da caminhada

Não havia leito
onde alongasse as pernas
das horas moldadas
ao dorso do jumento

Não havia travesseiro
em que desatasse a dor
jugulada do parto

Não havia linho fino
para cingir os membros tenros
do primeiro filho
Não havia o anteparo
de um berço de ouro

Apenas havia umas faixas
umas tiras de pano de saco rasgadas
apenas sobrava uma manjedoura
para hospedar a noite de feno
do pequeno corpo amarantino

Num estábulo
na ponta mais longe da estrada
aí onde os animais
consolam as bocas
foi disposto o pão vivo do céu

Rui Miguel Duarte



Poema- O NATAL DE JESUS

Tudo isso aconteceu para que se cumprisse
o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta.
Mateus 1; 22

Quando o sol irrompeu nos cimos azulados
E deu vida e calor às árvores e aos prados,
E os pássaros, trinando, a alvorada anunciaram
E a luz triunfal do dia entre ovações saudaram,
Dir-se-ia a natureza em festa esplendorosa
No radiante fulgor da manhã cor-de-rosa.

Quem fosse até Belém naquele instante, certo,
Deixando atrás de si a poeira do deserto,
Havia de sentir um gozo estranho e ingente,
Uma alegria nova, imensa, surpreendente,
Porque, na expectação do mundo estarrecido,
Nascera, finalmente, o Cristo prometido.

Os homens a buscá-lO o seu nome exaltavam
E, cheios de ventura, uns aos outros falavam,
Enquanto pelos céus divina melodia
De cantos imortais os páramos enchia.

Mas, eterno desígnio, a pequenina criança,
Que era do mundo inteiro a mais bela esperança,
Nascera, humildemente, em pobre estrebaria,
Porque nenhum lugar na estalagem havia
E agora, ao maternal regaço reclinada,
Mostrava à luz do dia a face mui rosada.

A doce mãe, feliz na sua fé ardente,
Olhava para o filho enternecidamente,
Não sonhando sequer o drama extraordinário
De que seria palco o monte do Calvário!...

Mas havia de ser assim...
Estava escrito
Nas páginas de luz do Livro do infinito
E um dia, sobre o lenho infame do madeiro
Ele seria exposto assim, como o Cordeiro,
Para que se cumprisse a divinal vontade
E fosse redimida e salva a humanidade.

E por isso as canções que os pássaros entoavam
E os lampejos do sol que os campos redouravam
Festejavam, também, nessa alvorada loura,
O Salvador nascido em pobre manjedoura!


in O Caminho da Cruz (JUERP, 1962)



Poema- GRANDE CANTATA DE NATAL




Cantarei o Natal,
mas o Natal-acontecimento,
o Natal exato,
realidade confortadora e simples,
o Natal sem sonhos.

Não o Natal de Papai Noel,
de São Nicolau,
do trenó sobre a neve,
do buraco da fechadura,
da chaminé delgada e escura,
do farnel de brinquedos...
Não!

Esse, positivamente, não é o Natal,
esse é um Natal de mentira,
inventado por alguém sem imaginação.
Não e Não!
Postiço e falso é o natal dos brinquedos:
da árvore de bolas amarelas, verdes,
vermelhas, azuis, prateadas, douradas,
espelhando rostos alegres,
alongando e diminuindo feições sorridentes,
natal dos sapatinhos sob a cama,
dos olhos marotos do menino rico,
dos olhos parados do menino pobre.
Natal dos brinquedos:
a bola de futebol novinha e cheirando a couro,
a boneca de porcelana
que fecha os olhos e tem vestidos ricos,
o aeromodelo, elegante e leve,
quebrando os copos da cristaleira,
os bibelôs do quarto,
aterrissando nas panelas da cozinha:
“Menino, vá para o quintal!”

Natal dos embrulhos que guardam mistérios,
embrulhos de sonhos, de risos, de vida,
natal dos olhos curiosos.
A árvore verde
tem loucas vertigens e visões fantásticas:
veste de algodão
e debruns e estrelas
e lâmpadas coloridas,
que riem o risinho do pisca-pisca:
“apagou... acendeu... apagou... acendeu...”
Não! Esse, na verdade, não é o Natal!

... E o presépio animado
do trenzinho correndo nos trilhos sinuosos:
“entrou no túnel comprido,
saiu da ponte, desceu a serra;
um operário malha a bigorna
ritmadamente;
os animais movem a cabeça.”
Não! Esse não é o Natal!

... E a mesa farta:
leitões assados com rodelas de limão
sobre o corpo tostadinho,
o peru recheado,
de peito aureolado em farofa cor de ouro,
os frangos,
as frutas, as passas,
as ameixas pretas,
as tâmaras morenas,
avelãs, nozes, castanhas...
bebidas, bebidas, bebidas
escorrendo, gotejando, geladas, loiras, espumantes.
Não! Esse é o natal-glutoneria!

Natal injusto é esse,
que divide castas
e separa classes
e alegra os ricos
e esmaga os pobres...
Maldito seja o natal que os homens inventaram
para que a mãe pobre o celebrasse chorando,
resistindo aos apelos:
- “Eu quero uma boneca!”
e às perguntas:
- “Papai Noel não vem?”
e às queixas:
- “Eu tenho fome! EU TENHO FOME!”

Maldito seja o natal-privilégio dos ricos,
que se mostram generosos
e distribuem migalhas aos pobres,
para comprar, com esse gesto, um terreno no céu:
um belo terreno de esquina,
com muitos metros quadrados,
em avenida principal.
Já disse e repito:
maldito seja esse falso natal,
esse mesquinho natal,
esse corrompido natal!

... E o natal-cumprimento:
telegramas urbanos,
parabéns, felicitações,
carta aérea, leve e curta,
bilhete escrito às pressas,
frase oca e vazia
bordada num cartão postal?
- Esse é o natal-hipocrisia
e está longe de ser o perfeito Natal!
Natal é muito mais:
é visão, esperança, certeza, humildade,
pastores, madrugada, estrebaria,
e José e Jesus e Maria,
e bondade
e alegria!

Cantarei o Natal!
“Dormem no campo os pastores,
os que tangem rebanhos sonhando.
Dormi, pastores, que a noite é um lírio
perfumado e eterno, branco e silencioso,
dormi como justos,
como crianças travessas,
um sono leve e escuro, macio e indevassável,
deixai que a terra úmida
aconchegue vossos corpos.

Despertareis em sonhos,
despertos sonhareis a visão almejada.
Abrem-se os céus como sulcos oceânicos
e embriagadora música emoldura a paisagem;
despertam figuras,
são anjos de largas e leves e rosadas asas,
brancas e celestes asas de pássaros gigantescos.
Despertai, homens do povo!
Humildes pastores das campinas verdes, despertai!
Anjos inquietos, suaves e claros
cantam em coro
o que ouvidos humanos jamais ouvirão...
escutai, pastores!
e guardai o cântico!

Guardai-o, para que se não dilua,
guardai-o, para que ainda o ouçamos
e dele falemos pelos séculos dos séculos. Amém.

Glória a Deus nas alturas!
Glória a Deus nas alturas!
Repitam os campos e os astros e as sombras
e a noite, nas trevas que se movem vagarosas,
e a terra, quente, laboriosa e humana:
Glória a Deus nas alturas!
E as muitas águas,
e as pedras escuras, lascadas, fendidas,
suspensas no abismo como gesto atrevido,
e as folhas verdes bailando e sorrindo
como dedos de criança
e o capim cheiroso que as ovelhas comem
e as sinuosas vertentes transparentes e ágeis,
repeti o coro que os anjos ensinam:
Glória a Deus nas alturas
e Paz na terra aos homens de boa vontade!

Paz na terra!
Apesar das bombas e dos acordos diplomáticos,
apesar do nevoeiro denso
que esconde navios compridos, cinzentos e armados,
apesar do ronco dos aviões a jato,
dos estampidos supersônicos,
dos campos de concentração
onde os velhos mordiscam a morte
e os moços já não existem,
apesar das bandeiras,
das muitas bandeiras nervosas e bailarinas,
das inquietas bandeiras de asas mutiladas,
apesar da vingança e da conquista,
dos aleijados, dos órfãos, das viúvas,
apesar dos cadáveres sem túmulo,
expostos e pisados,
apesar da insânia,
das fronteiras,
do ódio velado, do profundo ódio
dos que foram derrubados, mas não se perturbam,
apesar das experiências atômicas,
PAZ na Terra!
Paz na terra aos homens de boa vontade!
Eis o Natal, criaturas,
vinde bebê-lo sem o auxílio de vasilhas e potes de barro
dos muitos países,
vinde bebê-lo com as mãos em concha,
como quem se salva!

Vem de longe os magos:
são silhuetas
que os raios da estrela,
que os fios dourados da Estrela do Oriente
puxam, fazem andar, fazem parar, ensinam...
Vem de longe os magos,
para a fonte da água...

... Ouço vozes longínquas,
vozes ciclópicas abafadas pela distancia,
mas nítidas, definidas, exatas,
são vozes proféticas anunciando o tempo:
Isaías, Jeremias, Davi...
essas vozes completam o Natal,
definem e traduzem o Natal perfeito,
ouço vozes que cantam num coro harmonioso,
não há dissonâncias, nenhuma sequer.

O menino dorme
embalado pela estrela.
José medita,
Maria sorri...
sorri pelos olhos, pela boca, pelo corpo,
acariciada por essa alegria repousante
que é ser mãe.
Os magos estão curvados,
numa atitude obediente;
chegaram de muito longe,
para viver o Natal!
Os pastores cantam, os pássaros deslizam,
não há nada morto,
tudo é vida abundante,
eis o Natal!

Cantarei o Natal!
Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens!
Ecoe meu cântico pelas cercanias indevassáveis,
inunde os templos como VENDAVAL impetuoso,
aqueça choupanas de famílias pobres,
alimente pobres,
acenda nos olhos do menino triste
o suave brilho da esperança presente,
alimente pobres com o pão macio,
branco e generoso, perfumado e quente.

Sacuda cidades o meu puro cântico
e destrua planos de vingança e ódio.
Proclame o saltério,
respondam as cordas, confirmem os arcos,
com maviosas vozes, doces, sussurrantes,
gritem as trombetas,
chorem as mulheres,
repitam os homens,
cantem as crianças...

O Natal é isto:
um misto de luzes e vidas, um misto
de perdão e calma...
mas calma profunda que nos satisfaz.
O Natal de Cristo
é o cântico eterno da perfeita Paz...
da Paz verdadeira, da paz-humildade,
dessa Paz sincera proclamada aos homens
de boa vontade:

PAZ NA TERRA AOS HOMENS
DE BOA VONTADE!


Lucas 2; 14: Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens.



in 25 Anos de Gióia Júnior (1976 – Editora Betânia)



FELIZ NATAL A TODOS!

Jesus Cristo Ama a Todos!


Que Deus em Cristo vos Abençoe!

Fraternalmente,
Erica Carla

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